Anamorfose

“Tenho uma folha branca e limpa à minha espera”
(Inéditos e Dispersos, Ana Cristina César)

saltam instantes da janela
ares sutis
exacerbadas vicissitudes presas no tempo-espaço
tem uma pilha de louça à minha espera

ando assim lúdica
tal qual lucidez que me habita
estamos no nono andar
vertigem insinuada aos olhos
não percamos as utopias

- tem uma pilha de vida à minha espera

Nenhum comentário: